Desafio anticensura – É p’ra já!
Mesa-redonda: A censura no Estado Novo … e na atualidade.
No âmbito do Desafio anticensura – É p’ra já!, da RBE, a Escola Prof. Doutor Ferreira da Silva acolheu, no espaço da Biblioteca Escolar, no dia 7 de fevereiro, a visita do Arquivo Municipal de Oliveira de Azeméis, que promoveu uma mesa redonda intitulada: A censura no Estado Novo … e na atualidade. Esta mesa-redonda foi constituída por João Tiago Tavares – historiador e arqueólogo do Município de Azeméis – e pelo testemunho do Sr. Rui Conde.
Os alunos tiveram oportunidade de interagir com fontes que deram conta da evolução da censura no passado, oferecendo particular destaque à censura no Estado Novo. Ao mesmo tempo, o testemunho e questões levantadas pelo Sr. Rui Conde permitiu um diálogo intergeracional, uma reflexão conjunta, enriquecida com partilha de opiniões de diferentes alunos das turmas envolvidas.
Deste modo, esta iniciativa convidou os jovens a refletir sobre diferentes situações, tendo por base múltiplas fontes, que tiveram como enfoque a censura, ontem e hoje, constituindo um momento de consciencialização sobre as novas formas de censura que crescem e se disseminam no contexto hodierno, onde qualquer pessoa pode assumir o papel de censor e/ou de vítima. Abordou-se a manipulação de ideias através de desinformação, o acesso indevido a dados pessoais, o excesso de informação, que, por vezes, banaliza certos assuntos e temáticas relevantes e impede a decisão com base em informação relevante e a iliteracia. Iliteracia da leitura, da informação, dos media e do digital.
É tempo de, tendo presente o passado, “[…] contribuir para a construção de melhor(es) futur(os)” (Rede de Bibliotecas Escolares).
Visita de Estudo ao Museu do Holocausto - Porto
O segredo da PAZ está no DIÁLOGO…
No dia 26 de janeiro, os alunos do 12.º Ano foram convidados pelo Museu do Holocausto, no Porto, a participar nos eventos de evocação do Dia Internacional das Vítimas do Holocausto.
Assim, numa articulação interdisciplinar e transdisciplinar, da parte da tarde, os alunos realizaram uma visita de estudo ao referido Museu, onde tiveram a oportunidade de usufruir de uma visita guiada. Os alunos percorreram os diferentes espaços e, em sintonia com a informação que ia sendo partilhada com eles, foram interagindo com o museu. Os discentes partilharam testemunhos sobre a visita que fizeram ao Campo de Concentração de Mauthausen, sobre o que leram no livro “O essencial sobre os portugueses no Sistema Concentracionário do III Reich, coord. por Fernando Rosas, interpretaram pequenos excertos das músicas, danças e poesia que apresentarão no dia 30 janeiro à comunidade escolar, de modo a celebrar o Dia Escolar da Não Violência e da Paz. Após dois alunos acenderem a chama em homenagem aos milhões de vítimas do Holocausto, seguiu-se um momento de silêncio e de reflexão que, depois, foi entrelaçado por um momento de dança sentida e expressiva, enchendo de Vida aquela sala, na qual as paredes estão preenchidas com os nomes dos judeus que acabaram por “jazer no fundo” (Primo Levi). Em simultâneo, muitas foram as questões que os alunos apresentaram relacionadas com os campos de concentração e a Shoah, a leitura do livro de Anne Frank, os símbolos expostos no Museu, como, por exemplo, o candelabro dos sete ou nove braços.
Por fim, assistiu-se ao testemunho de uma sobrevivente de Auschwitz, com 96 anos, que, de modo emotivo, nos deu conta do sofrimento dos milhões de judeus que se perderam na Shoah. Em jeito de despedida e de agradecimento pela calorosa receção os alunos cantaram uma parte da canção “Quando olho em redor atento a tudo…”.
Esta visita veio sublinhar a ideia de que a PAZ reside no DIÁLOGO, no ENCONTRO entre os povos e na aceitação das diferenças.
Corta-mato escolar 2024
Concurso Interconcelhio de Leitura (ConCIL) – Fase Escolar
Destinado aos alunos do 1.º Ciclo (3.º e 4.º ano), 2.º ciclo, 3.º ciclo e Ensino Secundário o Concurso Interconcelhio de Leitura (ConCIL) é um projeto literário que se desenrola ao longo de três etapas: escolar, municipal e intermunicipal.
A fase escolar decorreu até 10 de janeiro e contou com uma significativa adesão dos nossos alunos, que demonstraram os conhecimentos sobre os livros selecionados:
- “Do cinzento ao azul celeste”, de Ana Oliveira, 1.º CEB,
- “O Romance de 25 de Abril” João Pedro Mésseder, 2.º CEB,
- “Vinte e cinco a sete vozes”, de Alice Vieira, 3.º CEB,
- “Vinte e zinco” de Mia Couto, Ensino Secundário.
A fase municipal está à porta, marcada para os dias 5 e 6 de março, na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro. A última etapa desta jornada literária decorrerá a 29 de maio.
Destacamos os alunos apurados na fase escolar, que terão a tarefa de representar o nosso Agrupamento.
Sessão-debate com a Deputada Helga Correia - Parlamento dos Jovens
No âmbito do programa Parlamento dos Jovens, no passado dia 08 de janeiro, realizou-se uma enriquecedora sessão-debate com a Dr.ª Helga Correia, deputada eleita pelo círculo de Aveiro, cujos destinatários foram os alunos de 9.º ano, da EB Comendador Ângelo Azevedo, e os alunos do Ensino Secundário da EBS Dr. Ferreira da Silva.
Inicialmente foram expostos aos alunos os principais aspetos organizacionais da Assembleia da República, o modo de funcionamento, a composição, as competências deste órgão de soberania e a forma como decorrem os trabalhos parlamentares. Foi explicitado o processo legislativo parlamentar, sublinhando-se que, através da iniciativa legislativa cidadão, qualquer cidadão pode participar ativamente em processos de criação ou alteração de leis.
À descoberta do Foral
No âmbito da disciplina de História A e em parceria com o Plano Nacional das Artes, o Arquivo Municipal de Oliveira de Azeméis, veio à Escola Prof. Doutor Ferreira da Silva para desenvolver a atividade À descoberta do Foral com os alunos 10.º B, de modo a assinalar os 224 anos da carta de foral que elevou Oliveira de Azeméis ao estatuto de vila (5 de janeiro de 1799). Num primeiro momento, procedeu-se a uma breve apresentação do Arquivo Municipal, dando-se a conhecer a história do edifício, as suas instalações e o seu espólio, tomaram consciência das diferentes etapas de tratamento e preservação dos documentos históricos e dos que o arquivista deve ter para evitar a deterioração dos documentos.
De seguida, os alunos relembraram a evolução da escrita e dos materiais utilizados (ex.: papiro, pergaminho; papel) e centraram a sua atenção na carta de foral. A turma teve, assim, um primeiro contacto com a paleografia e ficou a conhecer alguns tipos de escrita (ex.: gótica), tendo a oportunidade de desenvolver experiências de escrita com diferentes tipos de penas (ganso; pavão), canetas e tintas de várias cores. Deste modo, os discentes tomaram consciência do quanto era moroso e delicado o ato de escrita, no passado.
Esta atividade veio reforçar os conhecimentos adquiridos na disciplina, no que diz respeito à importância da preservação do património material e cultural, à diversidade das fontes históricas e sua relevância para o conhecimento da história local e nacional.