Concurso Interconcelhio de Leitura
Camões nascido em 1524, no reinado de D. João III, talvez em Lisboa, um humanista verdadeiramente apaixonado pela cultura clássica e ecuménica. Camões que, apesar das suas aventuras e desventuras, escreveu sempre em rima sobre os desconcertos da vida e do mundo (As Aventuras e Desventuras de um Poeta Épico, Sérgio Franclim e Bruno Ferreira).
Camões, um poeta destinado a viver entre encontros e desencontros de amor (Alma Minha Gentil, de Rosa Lobato de Faria/Pedro Sousa Pereira):
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís de Camões, Rimas (1595), Soneto XIII
Enfim, Camões, um dos maiores poetas da Literatura Portuguesa, uma alma que experimentou as infelicidades da vida que fizeram do seu espírito crítico, errante e solitário um dos maiores senão o maior poeta de todos os tempos. (Alma Minha Gentil, de Rosa Lobato de Faria/Pedro Sousa Pereira).
De tudo isto e de muito mais falaram aos nossos alunos os livros "objeto" deste ConCIL 2025 Parabéns a todos os que contribuíram e participaram e que com o seu empenho deram sentido a esta iniciativa.